NATIMORTO SENIL

NATIMORTO SENIL

Deflorando meus tálamos cinzentos esculpi o mundo asnil...

Nascemos,... Bebês da imperfeição ensinam-nos a falar, andar...

Pagam escola, médicos, faculdade para ganhar o dinheiro civil

Produtos de informações éticas, amor e paz e família para criar

... Mas as fortes solidariedades abstratas teimam em fazer a guerra!

Em esfomear uma etnia, em escravizar uma cor, em ultrajar a decência

E os sorrisos homofóbicos aliam-se aos skinheads e neo de demência

Às bondades candidatas de políticos de lixo de uma sociedade sem-terra.

Eu queria nascer aos cem! Teria mais experiência contra a tirania...

Teria mais paciência com os idosos, com as diferenças, doaria sentimentos...

Hoje, de que vale a vida senão a morte?! De que vale o amor senão a felonia?!

Pois hoje,... Eu morri ontem! E não perdôo os meus arrependimentos.

O humano é hipócrita, está em giardíase e ama a sua cocainomania

Vivem nos subterfúgios de momentos de felicidade, evoluem em tormentos

Aparência inaparente na ninfomania de ocos corpos deuses da orgia

Nos desprezos de tubos de informação que gozam seus maus fermentos.

Eu queria morrer bebê! Natimorto senil?! E com a pureza de defecar nas fraldas.

Se há a ressurreição, não somos dignos, pois que falsas esmeraldas

Não incrustam em rochas gélidas de solo lamacento e céu tetânico

Haverá o dia em que a lapidação virá na sepultura do arrogante titânico...

E donde de súcubo da terra verá seus feudos malignos de sucessos fiados.

Sei que vou nascer se chegar aos 100 e ilogicamente morrerei inteligente

Entretanto não posso esperar perfeição no imperfeito, nos genes atrofiados

Na teogonia embusteira e na etnarquia do amável,... Assassino da minha gente.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 04/03/2013
Código do texto: T4171778
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