CÂNCER DA INTELIGÊNCIA

CÂNCER DA INTELIGÊNCIA

Prefiro a solidão das minhas neuroses

Que a multidão de verdades bastardas.

Abnego as hipocrisias sociais enrugadas...

Encalhadas nas vitrines das metamorfoses,...

Na elegância político-religioso,... Quais fena!

Que nos embrolhos dos amores de seus enganos

São filhos de uma religiomania de dar pena,...

Convite à exumação de consciências em danos

Que vive no analfabetismo do claustro oníscio.

A loucura dos meus neurônios?! Clãs em comício

Vasculham a ignorância da minha sabedoria

No anseio de uma excelência em anemocoria.

Vivo no câncer da inteligência, mas nem este...

Dói-me menos que o próprio a roer-me

Ele nada em meus órgãos e sinto-os comer-me

E alegro-me por esvair-me na paz que creste...

Na fuga de um óbito que é o nosso futuro.

A existência é um livro de páginas em branco

Onde almejamos voar, ainda andando prematuro,...

Nem cacos que nos sangram ensinam-nos no tranco

E o universo, nosso professor, é poeta silente.

A incoerência ilustra uma vaidade de absorvente

Que na fama e na fortuna dar-te-á uma vez a salvação

Mas a coerência desauxilia quem desacolhe sua infecção.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 18/03/2013
Código do texto: T4194337
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