ABUTRES MERCANTIS
ABUTRES MERCANTIS
E vês que emirjo ptármico do meu imáculo campo-santo
Onde o microzima genésico assovia a tua doença,...
... E o cálice da hóstia sanguinolenta faz-me dor mais imensa!
Sou-te o Cérbero dos teus cetíneos aneurismas de encanto...
E hás de empanais as verdades da sua ilha de insubstância...
Rês da catedral de amuletos, verdoengos miolos ainda em placenta
Sua bêbeda orgia de desinteligência vomita a sua arrogância
E eis os cínicos pastores! Abutres mercantis da cicuta benta
Núncios das pigméias inconsciências de uma fé escassa,...
Quebrantam a lógica com suas aveludadas preces de desgraça.
Protista amniota, eu alóctone dessa humanidade putrescível
Onde a paz é a mortiça apolínea de toda insipiência incognoscível
Quero os pélagos lúridos do meu mundo despido desses vermes
Que volvam aos páramos malditos de suas fráguas!
Às pudicícias embusteiras são as vergonhas do covil das anáguas
No mosteiro da pederastia e no livro dos paquidermes...
Reboa na mente as nênias rábidas de uma demência oportunista
No qual a miséria que fomenta toda fortuna,... É a tua credulidade
Subjazem no esplendor do marnel de um ádito, na igreja chantagista
Onde borbulha na ilusão, uma inquisição de falsos santos de imbecilidade.
Os escalpelos necrófagos sagram os profissionais da fé isentos de tributos
Aufere paga por vendar a realidade dum céu canibal dos seus subprodutos...
E torno a imergir na terra dos protozoários sagrados, no lar das antimatérias
Onde a cruz mefítica herdará os bens dos reis das galáxias,... Suas bactérias.
CHICO DE ARRUDA.