ABUTRES MERCANTIS

ABUTRES MERCANTIS

E vês que emirjo ptármico do meu imáculo campo-santo

Onde o microzima genésico assovia a tua doença,...

... E o cálice da hóstia sanguinolenta faz-me dor mais imensa!

Sou-te o Cérbero dos teus cetíneos aneurismas de encanto...

E hás de empanais as verdades da sua ilha de insubstância...

Rês da catedral de amuletos, verdoengos miolos ainda em placenta

Sua bêbeda orgia de desinteligência vomita a sua arrogância

E eis os cínicos pastores! Abutres mercantis da cicuta benta

Núncios das pigméias inconsciências de uma fé escassa,...

Quebrantam a lógica com suas aveludadas preces de desgraça.

Protista amniota, eu alóctone dessa humanidade putrescível

Onde a paz é a mortiça apolínea de toda insipiência incognoscível

Quero os pélagos lúridos do meu mundo despido desses vermes

Que volvam aos páramos malditos de suas fráguas!

Às pudicícias embusteiras são as vergonhas do covil das anáguas

No mosteiro da pederastia e no livro dos paquidermes...

Reboa na mente as nênias rábidas de uma demência oportunista

No qual a miséria que fomenta toda fortuna,... É a tua credulidade

Subjazem no esplendor do marnel de um ádito, na igreja chantagista

Onde borbulha na ilusão, uma inquisição de falsos santos de imbecilidade.

Os escalpelos necrófagos sagram os profissionais da fé isentos de tributos

Aufere paga por vendar a realidade dum céu canibal dos seus subprodutos...

E torno a imergir na terra dos protozoários sagrados, no lar das antimatérias

Onde a cruz mefítica herdará os bens dos reis das galáxias,... Suas bactérias.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 28/03/2013
Código do texto: T4212810
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