oftalmo
Me prenderam entre as pedras
Mas eu via por entre as fendas
Me amarraram oss olhos
Mas eu via pelas vendas
Me prenderam no sótão
Me jogaram no porão
Mas meus olhos ainda olham
Por dentro comendo a escuridão
Quando quiseram fechar flechar meus olhos
É que eu via mais
Quando nos querem sangrar angariar os olhos
É que vemos mais
Os olhos fechados tão abertos
Que cegos por certo vêem mais
São clarões no meio de escuro
Avistam o fim do túnel
e leem os jornais
Fazendo previsão
Nunca esqueça quando na luz
Do que aprendeu na escuridão.