Na pútrida latrina deste fosso
minhas carnes inféctas, impuras
do que era belo, agora é osso
assim, iludida pelas tuas juras...

Calo o grito na garganta profunda
faz-se o silêncio, quase sepulcral
que ora rezo, alma imunda
à espera do perdão, na Pia batismal...


Vestida, de véu e mortalha
na pedra fria, deste sepulcro santo
esperando o crepitar, da fornalha
que destrói a carne e o cancro
 
E tudo se transforma em cinzas
ossos e vermes, juntos na morte
antes que o céu, de vermelho tinja
serão jogadas ao vento, se tiver sorte...


Caraca Miguel Jacó, você conseguiu iluminar o meu poema, com raios Neons...OBRIGADA!!!



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TEU CONVÍVIO DE DESDÉM

Teu corpo vai ao sepulcro apodrecer
E nada alem de lagrimas derramadas
Por pessoas do teu convívio de desdém
Por que a mim não pudestes enganar.

Não tens de mim o perdão a redimir-te
Perante a Deus reforça teus argumentos
Nada farei na intenção de perseguir-te
Deixo tua alma no desconforto do delírio.

Deve esquecer-te do teu corpo material
Este é problema dos abutres de plantão
Esta bobagem de inúteis cerimoniais
Nada resolvem nas pendências que virão.

Apaga tudo quanto viveu nesta passagem
Pede clemência do moribundo arrependido
Nossos arroubos denigrem a tua imagem
Porem Cristo é ressuscito, e tem ouvidos.

 

Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 15/05/2013
Reeditado em 15/05/2013
Código do texto: T4292331
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