VIDA

VIDA

Vai-me o cão apostar corrida com o semáforo

E acelera no freio de uma inteligência adiáforo

Vê com os olhos do coração

O sangue eruir do teu irmão

Para selar-se na catatonia de sua lei em cinomose.

O progresso dá passos largos para o extermínio

O humano luze no covil do infausto tirocínio

Opera seus neurônios nas cabeças de sua fimose

E cansa seu peito nas lagrimas de nossos ataúdes.

Não há carteira de habilitação para dirigir a vida!

A literatura é o único exagero não nocivo às saúdes

E a educação, ainda lhe é servida como raticida.

Pergunto ao silencio se minha ignorância te ofende

E o medo, meu amigo, espanta a grã-besta duende

Cospe na genérica engenharia arcaica

Que até então, desusa sua massa incaica,...

Que inventa ogivas atômicas, flor da morte!

E rui nos óleos e fluidos de suas correntes

Para prender-se na paz dos hipossuficientes.

A existência,... Guerreia dentro de um carro forte

Quero andar na simplicidade dos meus fracassos

Pedalar meus ideais guiado somente pelas estrelas

Devagar chegar ao fim, bem seguro nos teus braços

Vida! Em suas faixas trafegarei, sem jamais rompê-las.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 23/07/2013
Código do texto: T4401416
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