GENIALIDADE PRIMATA
GENIALIDADE PRIMATA
No chão em que a humanidade serpenteia
Gravita a hidrofobia dulcíssima da galhardia
Ioda a misologia de suas relevantes chagas
Nas glórias azóicas de seu odiento stafe
Que injeta a adrenalina flatulosa na veia
De um conúbio cerebral com a existência vadia.
Nasce e vive, com a solitária entre as nádegas
E não há indecência que te pornografe!
Pois és a pária de seus átomos sem-vergonha
Que transcendente sarja sua lucidez de maconha
... Nas cavernas orgiásticas do preconceito.
Porto um profundo amor a todo defeito
Visto que também não vim para agradar ninguém
E desprezo os que têm medo do pseudo-ilógico
Que sorriem suas alergias mendigando o amém
Do sangue azul construído nesse zoológico.
Condeno-me ao hospício da minha sanidade
E dos meus anelos psicopatas sou cativo!
Repudio a corrupção de valores
Na endemia de um super-homem lendário
E autentico que a razão é repleta de ambigüidade.
Desse universo somos o bem pejorativo
E morremos pisoteados pelos nossos horrores
E de minha vida,... Sou mero locatário.
Coma na porcelana e em talheres de prata
O orgulho de ter o alimento para jogar no lixo
Esqueces que o miserável faminto desse capricho
É o irmão, descendente dessa genialidade primata.
CHICO DE ARRUDA.