SÍNDROME DA AMEBA.

SÍNDROME DA AMEBA

E pões-te a falar de amor, com os olhos de hidra.

Na voz terna, o exercício político da perfídia

As mãos que afagam, são as mesmas que matam

Aos beijos doados, lábios beligerantes dos marginais

Humano escrofuloso! Tempo afogado no clepsidra

Nas circunvoluções do vibrião séptico em acídia

Na sintonia da calúnia de compaixões que atomatam

E no oficio agônico de altruísmos funerais.

O homem tem vivido a síndrome do,... Ameba

Na refrega de vento expõem-te ególatra

E a inveja é um antibiótico que te amanceba,...

Bafio. Respira no exício da sensatez alcoólatra

E come e bebe no intestino de suas úlceras.

O ser, a paz e a guerra são três irmãs adúlteras

Dormem no chumbo de uma aspergia benta

Nos sirtes de uma simbiose, anômala e nojenta

Inglórios no gênio, na pomba, e na signa alva de sangue.

Eu, mamífero escaveirado, teimo em falar com os dedos

Jacente na sama da ataraxia dos nossos degredos

Nas répteis linhas que roem minha ignorância exangue

Sou vândalo que te sinto com instinto espúrio!

O ambíguo embate, do gládio, entre o amor e ódio

Faz-nos reféns de uma compostura da ganância

Onde o sentimento é subtraído pelo beneficio

Onde a necessidade sofre com o silente perjúrio

De mente sã e corpo são, avezados nesse vil episódio.

Quedo, o miserável cauto chora na ambulância

Teme que o ódio, com seu vasto amor, tenha-te em sacrifício.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 17/08/2013
Código do texto: T4439340
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