LUCIDEZ PSICOPATA.

LUCIDEZ PSICOPATA.

Beba sua língua no cálice de tua doença social

Cace dente de galinha nessa manante praga

Solte o nó das tripas numa disritmia intestinal

Preconize sua existência numa rotina vulgívaga

Rumine e masque seus dentes até brotar a raiz

E afogue-se nessa saliva hidrofóbica e nojoso.

Quer a profilaxia na tua vida? Torne-te aos canis!

Ao vulgacho de um berço que te rói presunçoso

Na humildade que te declara em apsiquia,...

E na algidez dos teus bons sentimentos amnésicos.

O homem compra sua vereda na ordem da anarquia

Nos seus conceitos subdesenvolvidos mnésicos

Detersivo seda os olhos aos seus próprios mendigos

Usa a terebintina sanguínea para abluir suas misérias

Para ornar seu aspecto e fugir dos santos castigos

E na missa dominical, rende-se à suas bactérias

Expõe seu toucinho de jumento em traje de gala

Mas ignora que o traje não é documento do caráter.

Jamais curvarei joelhos a mitos que nos avassala

A seres com o esfíncter dentro da dura-máter

Careço gerar o meu adequado veneno indulgente

Um arrebata-punhadas, revolucionário plasmático!

Que combata essa distopia cerebral inteligente

Para esgalgar seu argumento ortodoxo e fanático.

Toda morte tem um fim, e deve temer é a mim!

Pois sou o tóxico mais róseo do teu jardim

A flor da papoula que abre os alvéolos pulmonares

Uivando na força de todas minhas dores musculares

... A amorfia narcisística do teu egocentrismo.

Do mundo sou seu paciente, não vim aqui de turismo

E como bom demente, sarjo toda lucidez psicopata

Em versos insolentes, e na tua ilusão, de ser um magnata.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 23/08/2013
Código do texto: T4448887
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