CÓDIGOS DE LOUCURA.
CÓDIGOS DE LOUCURA.
Na luz do fim do túnel morreu Esperança
Que nas vísceras de uma cidadela foi criada
Nas ruas ruins do mundo, fez seu carnaval
Estudou entre artes, orgias, drogas e ignorantes
Sem saber o que era, pôs-se a se procurar,...
E na consciência da intemperança virou novela.
Essa tal felicidade tem seu céu numa matança
Onde fraterniza o egoísmo como cobra criada
Abraça a ambição humilhando o seu igual
Na sem-vergonhice tem seus santos refrigerantes
Viola altruistamente todo modo anormal de pensar
Mas tem seu caráter filantrópico, solto numa cela
E foi no cu dessa cadela que nasceu o seu orgulho.
De que vale existir se o câncer é endêmico aqui?
O que mais um indigente em chama te ofende?
O cérebro não tem espelhos para assustar sua vaidade
Teu corpo é cópula de astronautas vagabundos
Vindos de um ânimo que te nivela ao hediondo
Esperança,... Vê-se autodidata cheirando o seu bagulho.
A inteligência tem a mais pura cor de sangue do rubi
Por isso ela pode ser tão burra que não te compreende
Então seus crimes não são considerados como leviandade
Cobiçam serem diamantes, na autodefesa de fados imundos
No vôo de beija-flores, te ferroando como marimbondo.
Como dói! Não pensem que gosto de escrever o que vi,...
A abnegação de valores simplórios como amar o semelhante
São-me tristezas de vida, lidas no caminho o qual vivi
A injustiça açoitou-me décadas com paciência arrogante
E nesses, meus, leves fardos de nossa inexperiência de ternura
Vocês não discernirão o que escrevi,... São códigos de loucura.
CHICO DE ARRUDA.