NOVA ANDRAGOGIA.
NOVA ANDRAGOGIA.
Ando ambular entre as flores dos espinhos
E apreendo formas à margem dos caminhos
Reluzem no caos que apaixona a dor
Que ladra por toda nossa falta de amor
Donde moem os dízimos do medo
E destampa um lixo bem azedo.
Não nos descobrimos como pedras preciosas
Somos meros magos de vaidades perniciosas
E ainda temos marcas das correntes da abolição
Dos sentimentos que odiamos com educação
Das moedas jogadas ao mendigo ambulante
Onde nos libertamos da desgraça do semelhante
E achamo-nos salvos dos cães dos céus.
Nossa inteligência dorme em mausoléus
No colossal adultério entre ignorantes
Nas andrologias que são-nos simpatizantes
Na flor da macumba que busca teu pedido
No imáculo branco que sangra o já cedido
E nas superstições, lar do passaporte da quimera.
O carnífice brande o machado - homem em fera
E traz consigo a insônia dos seus remorsos
Poderia ter feito a fotossíntese de seus destroços
E suicidaria a inocência de seus crimes.
Feita a autópsia dessas vísceras sublimes
Leio a necessidade de nova andragogia
Preservando vermes em extinção com tecnologia
E espelhando-os de dentro para fora
Para ver se nossa realidade melhora
Pois a aparência, não avaliza a probidade.
Constantemente fustigam-me com crueldade
São-me pensamentos paradoxais,...
Mas que me diferem de outros boçais
Os que pensam ter a excelência existencial
E narcísicos se vêem como sofrimento sensual.
E pernóstico,... Viaje pelos cemitérios e hospitais!
Verás que suas prioridades,... São extremadas culturais.
CHICO DE ARRUDA.