Limpeza (Um quê de Bovarismo)

A realidade concorre com minhas vertentes,

e elas, céleres e insanas, saem na frente.

Ouvi dizer que sempre vale a pena.

Faço roleta russa com o imaginário,

e nesse voar de um total inventário

castram-se cobiças e integra-se a pena.

Vozes tendem o som do trovão

apocalíptico pisar no vil tédio.

Letras brotam num mata-borrão,

curam, inebriam, quão doce remédio.

Estouram paixões sempre aludidas,

cantam canções, danças nas chuvas.

No certo e no cerco um céu de saídas,

arte que inspira expurgando áureas turvas.

André Anlub®

(11/11/13)

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