ALQUIMES.

ALQUIMES.

E vem-me a falar de amor o filho do pó

N’ânsia doidivana, abraça-me o abraço da jiboia

Beija-me a face e delata-me nas moedas da traição

O sicário trocou a malandrice pelo paletó!

E psicopata que é, traz axilar o livro da paranoia

Onde blasfema desconexo à busca de compensação.

A Terra chora por suas sementes daninhas,...

Tornou-se um céu de amarguras, em celeuma com a sapiência

Está asfixiada por seus subprodutos egocêntricos...

O pudor reside nas latas de lixo! E junto com as mesquinharias

Tramam um conluio com a gloriosa indecência

Para que a ganância prolifere com seus males eugênicos

O homem nunca foi eterno, mas é um micro-organismo patogênico sim

E os behavioristas, não estudaram esses grãos mal plantados.

A ufania por fábulas ditadas vêm averrumando o já escrotário

O apedeuta que não lê, e assimila o falar das bocas de botequim

E se dopa nessa orgia de milagres remunerados

E reza, a todos os santos, para o infortúnio de seu adversário.

Toda crença nasceu para suplantar a concorrente

E para criar seus próprios mistérios de verdades

Onde seus seguidores tornam-se reféns de seus crimes

Donde criam e crêem que seu estatuto é imponente

Esquizofrênicos, recusam-se a enxergar as realidades

E se enlameiam nas discriminações e preconceitos por outros alquimes.

Ébrios de rópia,... Imergem-se em interpretações disléxicas

Saciam-se dum único livro dia a dia, numa larica de ininteligibilidade

A beleza torna-se felistreca num conjunto de normas de conduta

Onde falam de uma paz e de um amor, em guerras antiéticas

No treinamento de jovens bombas humanas de insanidade

E na febre de joelhos dobrados ao gesso de anisomorfia absoluta.

Catedrais ornadas com ouro! À custa do pobre sangue desdouro.

Nenhuma batalha é santa se dela todo mal se abrilhanta.

Desde os primórdios vivemos amamentando nossos ódios.

Criamos empresas da religião, que te cobram para obter a salvação.

Ensinamos crianças à intolerância, isto é a paga do dízimo de repugnância!

O homem tem necessidade de assassinar, para ter o poder de malsinar

E com seu amigo imaginário tornar-se um débil mental ordinário.

Adoramos quem desconhecemos, e desprezamos quem está convizinho

Damos dinheiro há quem muito tem, e a miséria é um mundo sem amém

Todos nos esquecemos de doar umas migalhas de carinho,...

Vendamos olhos aos mendigos, aos famintos, aos sedentos...

Nós precisamos de nós mesmos, somos as drogas dos sofrimentos!

Santo é teu nome nessa Terra de desespero e corrupção

A bondade não se barganha, seu teto não é o céu,...

Mas sim a terra que te alimenta e te abriga. A paz,...

Não se domina,... Conquista-se, e com o mais puro amor do teu coração

Àquele que é compreensivo, tolerante e sem véu

E o ser humano, tem que desaprender a odiar,... Isso o faz incapaz...

Incapaz de perdoar a si mesmo, para arrepender-se no leito de morte.

Púbere sonhava que o universo não existia, era atro e sem vida

Acordava chorando agarrado à saia da minha mãe, desesperada...

Dizia-lhe que não queria morrer, abraçava-me e consolava-me incompreendida

O medo assolava-me. Hoje choro por de esse universo atro ser seu cúmplice

E a morte não me amedronta mais, tenho-a como uma pena honrada.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 29/12/2013
Código do texto: T4629835
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