Uma mãe desalmada

Eu vendo televisão

Um fato me comoveu

Uma mãe sem piedade

Para esconder o erro seu

Jogou na lata de lixo

O filho que Deus lhe deu

A tosca mãe desalmada

Num gesto sem compaixão

Jogou na lata do lixo

O fruto da sua paixão

Provando ser uma mãe

Despida de coração

Uma mãe que faz assim

Não pode ser amorosa

Desrespeitando a si mesma

Com esta cena escabrosa

Ela deve ser tratada

Como uma mãe criminosa

Genitora desalmada

Mulher do genio de bicho

Que satisfaz a matéria

Sem cumprir nenhum capricho

Querendo esconder seu erro

Na velha lata de lixo

Uma mãe dessa não tem

Nenhum caráter humano

Praticou contra si mesma

O mais tormentoso dano

Sepultando o seu rebento

Na sombra do desengano

Uma mãe que pensa assim

Tenho muita pena dela

Gerar um filho e jogar

Na lamaçal da favela

Era bom morrer trancada

Nos quartos sujos da cela

Aquela criança linda

Foi por alguém amparada

Teve como o berço o lixo

Mas isto não vale nada

Maior será o castigo

Daquela mãe desalmada

Numa paixão violenta

Essa mulher pecadora

Convencida pelo sexo

Desejou ser genitora

Ao invés de mãe verdadeira

Tornou-se grande opressora.

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 06/01/2014
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