ENJANEIRANDO

Esse céu que me mata

Invadindo com seus azuis minh’alma

Expõe minha loucura

Como lençóis brancos no varal

O hálito quente do vento

Varre por minha pele em arrepios

E desfaleço pelo fogo que me abrasa

No sol ardente do meu pensamento

Lábios rachados, boca seca

Pele em pegajosa agonia

Suplício, suor e lágrima

Ao longe a paz abeira-se

Em tenebrosa nuvem de chuva

Que aplacará os desvarios

De uma mente em fervorosa agonia