SOPA DE FEZES.
SOPA DE FEZES.
A terra desaba nesse céu em óbito
Ouço o som dos miseráveis
Vejo a pureza dos sicários
Percebo a justiça dos condenados
Ando entre os preconceituosos
Como à mesa do orgulho,...
Lubrifico meus olhos com lagrimas
Para engasgar-me nas minhas palavras mudas.
A boate da natureza enluta vidraças
Estrelas dançam por nossas desgraças
Estamos no caldeirão dos canibais
E o universo, está na psiquiatria dos animais.
Estive lendo mentes cercadas de arame farpado
Presas em muros de pregos com cacos de vidros
... E cercas eletrificadas em neurônios,...
Cômodos em seu próprio campo de concentração
Convivi com a réstia humana e seu principado
No escritório da maldição! Com cadáveres anidros
Na quimiossíntese de seus demônios
E cargados com a aljava da degeneração.
Tatibitate o surdo falou à sáfara de intelectos:
- Como puderam desprezar o amor?
Cansou-se, e percebeu que há muita sabedoria no silêncio
É um hospedeiro suicida da observação da nossa vergonha.
No nervo que acalma a ira dos infectos
Os idiotas querem adoçar o mar, quanto primor!
Catalépticos ministram o soro laurêncio
Na sua inteligência engonha,...
Perecem no jardim de infância da vida
Onde o adulto ainda está na faculdade
Visto que é a misantropa bem querida
Copulando com dispareunia na sua inutilidade.
Governantes assassinam seus governados
A política é um shopping Center da corrupção
Os ideais são barganhados por ditaduras
Com idéias de enriquecimento ilícito
À custa dos contribuintes desesperados
Os políticos são nossas solitárias com obrepção
Em toda moral e justiça foram feitas laqueaduras
Onde o reacionário condenado é um revolucionário explícito
E eu, vivo sobrevivendo a todo esse dízimo da morte.
Nessa enxurrada de sangue,...
Proteger-no-los debaixo desse telhado de corpos
Ou escolhe-se pisar em chão de lâminas
Pois o homem é o inquilino desse vil esporte
Mal sabe que seu feito tem efeito bumerangue
E como seu único inimigo, está nos escopos
Onde tua malandrice jaz endrominas.
Nosso plasma virou petróleo!
E com o coração cheio desse óleo
Evoluímos andando sobre sepulturas
Inoponível às nossas desventuras,...
E como no arrepiar do tesão da cagada
O futuro da humanidade está de calça arriada
De quatro! Submisso a esse adultério
Aguardando a chegada,... No pódio do cemitério.
CHICO DE ARRUDA.