ENTRE A VIDA E A MORTE.

ENTRE A VIDA E A MORTE.

Congela a imagem, vê-me deitado no mármore frio?

Entre flores fedorentas e algodão nos orifícios?

Ali, enterra-se a vaidade no seu horizontal cio

Fim do cio da morte, ciclo de todos os malefícios.

Vejo tua imagem na vitrine de formas disformes

Da massa bamboleando sobre o esqueleto

Dos cacos de vidro que vê o escolho

Da ruga anatômica de tua especificidade

Do majestoso amor ao órgão de virilidade

E das pernas abertas e seu terceiro olho,...

É petisco de carne que busca o espeto

São os condenados dentro de seus uniformes.

Vai-te filho do incesto, se inflete ao chão!

O embuste pérvio leva-te a glória dos miseráveis

O medo de ter medo é teu frívolo conchego...

Cuspa tua virtude na saliva que fermenta

Rumina teus garbos pela língua nojenta

Seja crível no fardo de tua vida de morcego

Se o teu formato, faz-te o rei dos imprestáveis

E a mídia voltária prostitui-te com escravidão.

Entre a vida e a morte há a psicopatologia,...

Nunca se disse tanto adeus como nas guerras

O etnocídio é a cultura dos imorais

O gene humano tem uma vil doutrina

Uma moléstia, satisfatória à flebotomia

Como na arte dos motosserras,...

Um grito gutural que nos faz animais

E onde o homem despeja sua razão na latrina.

Ninguém há de fugir do mármore frio

Das flores fedorentas e dos algodões

Do conúbio psicopata com a felicidade

Nele,... Habita o segredo do amor

Por senão, o mundo seria mais sombrio

E o ódio, não teria o aplauso dos perdões.

Entre a vida e a morte, faxina-se a crueldade

E é um bálsamo, para um convívio com tanta dor.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 12/08/2014
Código do texto: T4920274
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.