Ziguezague e “ziquizira”

Na vida da dama os fulgentes ofícios

Dócil anjo do hospício que tingiu em sua vida:

Guaches, canções, letras, artifícios...

Do repente que trouxe delicada guarida.

Ziguezague de arranque, bucólico sentimento,

Mão dançante e frenética da mente produtiva.

Ziquizira que se rendeu ao faminto fomento

E no momento só enxerga a real perspectiva.

Andarilha no trilho, falcão de voo sucessivo,

Faz do seu trabalho o ato muito mais expressivo.

Do suor do seu couro nesse denso mundo raro,

Faz de seu umbigo somente mais um detalhe.

Que a inspiração não suma, não durma e não falhe...

E se doe doce no eterno, açucarando o seu faro.

André Anlub

(24/8/14)

Site: poeteideser.blogspot.com