Uma algema a menos, o ciúme

Toda vez que penso o que pode estar acontecendo

Sinto um calor gelado no peito, a corroer a espinha

Uma vontade de sair correndo pelos tropeços da pressa

Encontro-me no caminho inverso chorando por ter desistido

Um impulso consome o estômago

traz tudo que posso estar perdendo

teorias de conspirações inundam a pupila do meu olho

até cegar.

Com sabedoria, experiência e um copo de cerveja

O sangue volta a circular e cada célula a seu lugar

Como soldados que desempunham as lanças em sinal de paz

Essa guerra não pertence a outrem senão a meus próprios erros

Meus próprios demônios de egoísmo

Que exorcizados sejam, dentro do baú da vergonha

Uma algema a menos, o ciúme

Ciente que a liberdade de ser é apenas existir