Rendo-me à Loucura
Eu sopro...
Sopro a frágil flor, chamada Dente de Leão...
Sopro com toda força para que não caia ao chão...
Sopro na direção e intensidade que quiser...
Sopro e soprarei, juro, até quando puder...
Eu corro...
Corro pelos campos rumo a lugar algum...
Corro, grito, silencio sem motivo nenhum...
Corro como corre quem quer cumprir a sina...
Corro e estampo no rosto, meu sorriso de menina...
Rendo-me...
Rendo-me às belezas deste cenário perfeito...
Rendo-me às consequências do que já está feito...
Rendo-me à toda tristeza e toda felicidade...
Rendo-me à loucura, bem mais doce que a sanidade!