Cicuta...
Em silêncio bebo suas palavras,
ainda que sejam elas a cicuta
que me corrói por dentro...
Encostada no parapeito das horas,
vejo os minutos passarem lentamente,
observo a vida seguindo e contornando
os obstáculos do meu futuro...
Novas paisagens se desenham,
sombrias aos meus tristes olhos,
alheias as lágrimas que deles deslizam...
Em silêncio, com a taça na mão
ergo um brinde solitário, bebo num gole
a cicuta que me destrói a vida
e me condena a mais triste solidão...


* Agradeço ao Poeta Yehrow pela maravilhosa interação que deu cor e vida ao meu poema !!!
 
O Amor é um Veneno. Doce veneno.
 
Que pode causar tamanho tormento?
Senão o amor desfeito,
Senão a dor d'um sentimento
Não correspondido...

Que poderá ser mais doído?
Talvez! A agrura da alcova vazia
A espaçosa liberdade da ausência
De alguém que não chega e já se ia...

Mas que uma espera fomenta
E não tem clemência,
Ao ver derramado tão puro sentido.
Quem faz da dor um rival do Amor que alimenta.

E condena a alguém a esperar à janela
A prenhe ilusão de um dia chegar
N'um abraço ardente abraçar-lhe a alma
E em tórrida paixão incendiar.

Quem? Por mais que tu clames
Teu clamor não escuta
E as suplicas de carinho
E vinho que ergues a brindar

Somente seja a "cicuta"
Que a faz definhar. Quem?
Talvez! O Quem! Que nunca soube ser Amor
E nunca saberá o que é Amar...

Yehrow

 
Katia Marques
Enviado por Katia Marques em 30/09/2014
Reeditado em 02/10/2014
Código do texto: T4982462
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