De mórbida natureza

Com os olhos fechados,

Finda-se o horizonte,

O escuro profundo brota,

E a introspecção me consome,

A respiração,

O único som corrente,

Torna onipresente o que nunca foi ausente,

Imagens retorcidas,

Retalhos da realidade,

Formam uma imagem insólita,

E destroem o que resta de minha sanidade,

Um santo, um demônio, não sei...

Não há um para me julgar,

Quando o leque de almas destruídas é incontável,

No entanto,

Se o incauto ousar,

Pode, de um inferno espiritual, nunca se livrar,

Eu vejo o que ninguém vê,

A lepra ambulante,

Que adoça minha mente,

E motiva a decadência constante,

Conceber-me,

Pode tentar,

Mas o processo há de te consumir,

E quando sua hora chegar,

Nem Deus, Nem o Diabo vão te ouvir.

Fabio Outsider
Enviado por Fabio Outsider em 29/11/2014
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