Medrar

Sofreguidão,

Segredo, degredo, medo...

Vida, abismo seguro,

Escuro e impreciso.

Alma depenada;

Mais valia. Mortos vivos.

Ônibus, metrô, inmetro...

Vá de retro!

Fome nua e crua

Que ninguém nunca mata.

A vontade de ela morrer

É amiga da vida toda;

Disfarce... Vida insossa essa nossa.

Nossa! E a arte? Sei não...

Vai um sonho? Obrigado! Sem sono.

E uma fome zero? Vai?

Não quero, quer dizer: “quero...”

Mas não zero, espero.

Quero estar em dia com ela;

Senti-la e mata-la até o fim

Não sei de que...

Numa simbiose sem trégua.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 03/01/2015
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