Medrar
Sofreguidão,
Segredo, degredo, medo...
Vida, abismo seguro,
Escuro e impreciso.
Alma depenada;
Mais valia. Mortos vivos.
Ônibus, metrô, inmetro...
Vá de retro!
Fome nua e crua
Que ninguém nunca mata.
A vontade de ela morrer
É amiga da vida toda;
Disfarce... Vida insossa essa nossa.
Nossa! E a arte? Sei não...
Vai um sonho? Obrigado! Sem sono.
E uma fome zero? Vai?
Não quero, quer dizer: “quero...”
Mas não zero, espero.
Quero estar em dia com ela;
Senti-la e mata-la até o fim
Não sei de que...
Numa simbiose sem trégua.