QUANDO MEU CORAÇÃO PAROU.

QUANDO MEU CORAÇÃO PAROU.

E durante dez minutos, meu coração parou

Cansou de ver e ouvir a latria dos dementes

O homem, moderno escravo que se exagerou

Moldou-se aos seus esnobes joelhos penitentes.

Toda invenção para o bem da humanidade

É utilizada para, hoje, assassinar

Somos tão perversos que arrogamos probidade

Até os deuses foram criados para malinar.

O avião, o carro, o trem e enfim as armas,...

Os seres humanos, velhos cascos naufragados

De navios negreiros comandados por lordes

Uma nata que se nutria de suas conquistas

Que se afligia em suas consciências ermas

De seus cotidianos familiares de tabus chagados!

É onde toda corda que ao pescoço nos mordes

São dentes gentis com mãos e beijos de massagistas.

De que adianta a vida de muitos corações?!

Se o universo, precoce, me dá poucas opções

Que do espermatozóide a placenta o crível condena

Uma raça saboreia o que melhor a saúde envenena.

A vida é um passatempo, um pesadelo para o futuro

Ver e viver o que no íntimo me habita,... É minha chacina.

Em pensar que o mundo e o humano ainda são nascituros

E que nos afogamos no mar de nossas piscinas,...

É quando meu coração parou por dez minutos,... E eu vivi.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 02/02/2015
Código do texto: T5123667
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