Olhos

(28/11/11 13:48)

O mundo guia meus olhos.

Os olhos tão diferentes e cansados.

Que imputam um ser devasso e arrependido.

Perdido em solidão.

Há de se levantar temendo o pior.

Aquele algo impossível de se ter.

Meus olhos fogem do encalço que se segue.

Tão impuro e vil simplório sujeito da frase.

Segue a rima maldita dessa estrofe qualquer.

Segue um rumo diferente daquela mulher.

Se por mais que tento for o que meus olhos não me mostram.

Possivelmente terei a chance de me dar bem.

Meus olhos ainda estão abarrotados de idéias.

Idéias que jamais tive, perdidas num holocausto de fantasia.

Ah se me quiseras lembrar.

Lembrar daquela vida em meu lar.

Tão simples que de desejo queira um dia voltar.

Por mais simples pedido de um dia chorar.

Um dia. Uma noite.

Quem sabe até um delírio afoite.

Tentares me dizer o que devo enfim fazer,

Não me dará o direito de saber escolher.

Se em suas preces eu for atendido,

Reza a lenda que em algum dia serei perdido.

Em um vasto manto de solidão.

Em um brilho distante, reluzente em seu coração.

Deitara-mês diante das estrelas.

Entendendo por que elas ainda brilham depois de mortas.

Descubro que seu passado retém milhões de vidas.

Assim como nos filmes em que um dia foram banidas.

Um tempo perdido em que despejo minhas atuais idéias.

Recebe o nome de meu repleto momento.

Aquele que não é nem bom, nem cheio de muitas teias.

Mas que ao seu fim, chego a morrer pelo sentimento.

E assim completo a história.

Aquelas em que meus olhos foram minha inspiração.

Da mais magnífica canção, fora constelação.

Àquela que jamais sentirá meu brilho de emoção.

Artur Gabriel
Enviado por Artur Gabriel em 13/02/2015
Código do texto: T5136062
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