Aos espartanos

Papai Noel em pessoa puxado por renas,

Que voam sem asas; terão botas de Hermes?

O fato é que o véio veio, cenário de cinema,

Tatuando esperanças em tantas dermes...

Espalhou pétalas cor de rosa dos girassóis,

Interpretou escritas rupestres da caverna;

Sapiência dos que vieram bem antes de nós,

Ensinava até como o saci cruzar as pernas..

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A mula sem cabeça usando a vistosa tiara,

Apregoava a todos que era uma rainha;

A Hydra de Lerna que Hércules matara,

Tal qual a corrupção estava mortinha...

O ouro negro viu rasgar a coberta de sal,

E o gigante dormia seguro, o PT velava;

O eleitorado esperto fez uma escolha legal,

Barrando o playboy metido que ameaçava...

O jegue escolhido que tira o país da miséria

Cada discurso dele deveria seu uma bula;

Pensadores pretéritos parecem uma pilhéria,

Após o destilar da sabedoria imensa do Lula...

As instituições funcionando a todo o vapor,

“diuturna e noturnamente” falou a rainha,

A “pátria educadora” assassinando historiador,

Reinventou a roda, hightec, vermelha, novinha...

Fora trezentos espartanos, o resto são persas

No estreito das Termópilas o pau comendo;

Os “trabalhadores” produzindo conversas,

Os sem vergonha fiéis, sem terra se dizendo..

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Parecem poucos os motivos para protestar,

Seu Brasil ainda está frio, tal qual o Alasca;

mas, espero, Banânia ainda há de se levantar,

E fazer essa corja toda escorregar na casca...