Amor Limitado

Se eu não consigo me conter

Se o mundo não quer parar

Eu consigo ser estúpida o suficiente para pará-lo

E parar todas as coisas que me irritam,

Que me abalam,

Que me constrangem

E me desagradam

Estúpida o suficiente para mostrar

O que eu gosto

de um jeito que cause

Intrigas, desafetos e rejeições.

Mostrar quem eu sou

De forma que irrite

De forma nojenta e repelente

Só para sentir o prazer de ver sucumbir

Os que me riem

Os que me alegram nas horas impróprias

Ou os que simplesmente surgiram

Numa hora em que tudo se fazia

Sublime e fraternal

E quiseram me cobrar por isso

De forma nada afável, sem licença.

De jeito nada sublime, nada lhano

Totalmente sinistro

E é por isso que me torno amarga o bastante

Para amar aqueles que me odeiam com sinceridade

E odiar aqueles que me dão a mão

Na espera da caída do meu anel

E o meu ódio pulsa

Longânime e eternamente

Por uma única razão:

A de ver sucumbir sem sudário

Aqueles que me surram.

Janicris Rezende Januzzi
Enviado por Janicris Rezende Januzzi em 07/06/2007
Código do texto: T517316
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