CURVAS RETIFICADAS

Voando cheguei ao ilógico,

a loucura ganha espaço a insanidade que me acontece,

a luz é longa , dista com a liberdade.

Ansiedade temporária desse momento me eleva,

quero seguir o rugido das emoções.

Assim transpira a minha pele num sonho sinestésico,

o chão clama aos meus pés, mas as cordas do violão

me transformam num singelo balanço.

Que balançando, vou guiado pela brecha existencial das cordas contínuas;

A nítida interação,

faz em mim um salto quântico,

como de um mergulho no profundo oceano escuro;

Sinto agora bem distante meu paraíso,

a luz encoberta me aproxima das brechas do vazio,

e tudo a minha volta flutua sobre as ondas ,

Na linha do horizonte encontro as curvas retificadas,

que se estendem nos nuances das cordas encantadas.

Ela me sorri, com vozes suaves

me apresenta o rastejar das sombras,

E na imensa necessidade de mim mesmo,

entregue as fraquezas, preso as cordas,

nos acordes em pranto, nas sonoridades risórias

nas músicas seguidas, nos ritmos cruzados

na poesia vivida, entregue como refém a arte.

Eu perdido no meu encontrar preciso,

abraçar-me a ela, como no momento esquecido.

De tanto pranto, a luz me envolve,

a voz inconsciente no horizonte me mostra o paraíso,

desconhecido, já vivido.

Meus olhos se fundem, minhas mãos tremem,

o medo do desconhecido aflora,

Sim é preciso!

dar as mãos e seguir como transeunte,

coberto pela irracionalidade,

jogando-se ao momento antagônico de agora.

Dionísio Antiquado
Enviado por Dionísio Antiquado em 28/03/2015
Reeditado em 29/03/2015
Código do texto: T5186853
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.