CURVAS RETIFICADAS
Voando cheguei ao ilógico,
a loucura ganha espaço a insanidade que me acontece,
a luz é longa , dista com a liberdade.
Ansiedade temporária desse momento me eleva,
quero seguir o rugido das emoções.
Assim transpira a minha pele num sonho sinestésico,
o chão clama aos meus pés, mas as cordas do violão
me transformam num singelo balanço.
Que balançando, vou guiado pela brecha existencial das cordas contínuas;
A nítida interação,
faz em mim um salto quântico,
como de um mergulho no profundo oceano escuro;
Sinto agora bem distante meu paraíso,
a luz encoberta me aproxima das brechas do vazio,
e tudo a minha volta flutua sobre as ondas ,
Na linha do horizonte encontro as curvas retificadas,
que se estendem nos nuances das cordas encantadas.
Ela me sorri, com vozes suaves
me apresenta o rastejar das sombras,
E na imensa necessidade de mim mesmo,
entregue as fraquezas, preso as cordas,
nos acordes em pranto, nas sonoridades risórias
nas músicas seguidas, nos ritmos cruzados
na poesia vivida, entregue como refém a arte.
Eu perdido no meu encontrar preciso,
abraçar-me a ela, como no momento esquecido.
De tanto pranto, a luz me envolve,
a voz inconsciente no horizonte me mostra o paraíso,
desconhecido, já vivido.
Meus olhos se fundem, minhas mãos tremem,
o medo do desconhecido aflora,
Sim é preciso!
dar as mãos e seguir como transeunte,
coberto pela irracionalidade,
jogando-se ao momento antagônico de agora.