POEMA MODERNO IV

POEMA MODERNO IV

Num ímpeto de raiva cravei a dura lança

Em estratégico ponto d'uma grande amiga

Inerte fiquei a olhar o que a vista alcança

Parecendo um romano correndo em sua biga.

Espantei-me de repente ao vê-la transtornada

A boca aberta e os olhos em fogo, faiscantes

Célere baticum no peito e alma acelerada

O balançar frenético dos brincos de brilhantes.

O que fiz eu nesta lançada louca

Matei quem mais amava nesta frenética dança

Então ouvi um grito e uma risada rouca

Pedindo que cravasse mais a minha lança.

Não pude resistir e entender a tal pedido insano

Ninguém que vai morrer pede pra ser varado

Por agudos e vis punhais, com gritos de soprano

Assim,em êxtase, cada qual caiu para o seu lado.

ANTONIO Tavares de Lima

Escrito em 12.04,2015

INTERAÇÕES

Do poeta Alfredo D Alencar (Obrigado)

a lança, metáfora seja

será benfazeja

para aquela mulher

que não a renega

mas sofregamente a quer.

Do poeta Aleixenko (Obrigado)

Não que eu seja pornográfico

Mas já vi este tipo de briga

Com final menos trágico

Frenéticos: barriga com barriga.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 02/06/2015
Reeditado em 23/10/2015
Código do texto: T5263938
Classificação de conteúdo: seguro