Universidade para todos

No meio de infindáveis listas truculentas,

Matérias completas, reprovações, ementas,

Teima em refulgir, meigo e sorridente,

O Sol de toda uma gente

Que sorri na saárica vasta placidez

Em que vivem fácil os beduínos

E toda a sua coleção de salmos de hinos

Desamarrando um tabernáculo por mês

Falamos em um casamento que repete

A saga da civilização no alcantil

Certo que só chamaria mesmo tapete

Um entre mil

Entre matérias incompletas, listas e ventos,

A faca estraçalha:

Será que só os alunos mais atentos

Escapam da malha?

O sorriso tudo ilumina

De Pai-Nosso as traições

Como a quântica física é fina

Entre Bíblias e Corões

Entre cores que fidelizam vacantes

Como o sopro das cabras sagradas

No banquete ritual das bacantes

Essas fadas...

Como um tilintar de cálices de champanhe

sem taça nem fungo...

Tudo o que não nos ganhe

Eu excomungo.