Viver
Interrogações diárias poluem minha mente
Procuro incessante por respostas decentes
Nada parece fazer sentido, continuo,
Certa de que em algum lugar as encontrarei
Viver, quanta amplidão, um universo recôndito
Me penitencio por não encontrar sentido
Tudo parece tão claro, tão simples, evidente
Existiriam respostas? Deveria fazer sentido?
Sinto-me confusa, culpada, angustiada
Encontro-me sozinha com meu ceticismo
Deleito-me no individualismo da minha dor
Paro, penso se a caminhada vale a pena
Minha consciência me recrimina, conjeturo
Melhor não seria, simplesmente viver?
Sem dúvidas, sem perguntas, sem pensar
Existir somente, como se tudo se resumisse a isso...
(19/06/2007)