Lado Oculto

Estou indo assim,

Meio a margem da Lei

Mei sei lá, nem sei.

Mei assim...

Ao som de Amused To Death,

Fico na minha e niguém comigo mexe.

Muitas vezes é assim,

Eu vejo todos e ninguém vê a mim.

É uma parada meio loka,

Aqui não é necessário beijo na boca

Pra outros quererem te pegar,

Basta somente você olhar.

As mina assim

Tá muito vulgar

Sepá que aquela ali

Tá afim de me dá.

É sempre o mesmo pensamento,

É como se eu fosse um Detento.

Um detento numa prisão domiciliar

Que de mim mesmo não consigo me livrar.

Todos a minha volta

Me olham sempre com cara torta.

Na verdade, eu que sou paranóico

Vejo coisas que de nada tem a ver, é tudo ilusório.

Tenho pensamentos complexos

Que a mim fazem bem

Enquanto aqueles que não tem

Me vêem do avesso.

É uma parada meio sinistra

Um poeta simplista

Que complica enquanto está a viver

E simplifica tudo quando está a escrever.

Há quanto tempo que não paro somente para escrever?

Quantas coisas será que guardei sem querer...

Eu não gosto de falar de mim mas,

Adoro revelar muitas coisas em mim...

Pelo menos, quando estou a escrever

Porque falo muito bem o que pessoalmente não consigo dizer.

Todas as minhas manias

E todas essas gírias

Que envolvem um Luís que muitos não irão conhecer

pelo simples medo que tenho de me expor para vocês.

Este sou eu,

Um poeta simples e ateu,

No vulgo modo de dizer

Porque nem mesmo eu sei quem estou a ser...

É algo muito além

Da compreensão de alguém.

De que adiantará em um psicólogo passar?

Se tudo o que ele conseguirá

É ter alguém para estudar...

Estou além da compreensão

De toda e qualquer imensidão.

Estou muito além do que imaginava estar,

Prova disso? Nem mesmo eu sei o que de mim será...

Nos próximos dois minutos...

Tenho medo do meu lado oculto...

Qualquer coisa, é um risco absoluto...

Luís Fernando Pedro Paulino da Silva
Enviado por Luís Fernando Pedro Paulino da Silva em 10/08/2015
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