A LOUCURA CONTRA A BANALIDADE DA NORMALIDADE

A loucura cura o que o tempo não via

A cura fatura a impostura infusa

Essa aventura, com sua fissura.

Rasura todas as censuras que pudera.

A loucura cura o que é urgente a provocar

A procura fortuna, a semeadura do prazer.

Secura escuta o que não segura a ver

Metáfora da palavra viva a criar.

A loucura sem cura pendura o sentir da razão

Enlouquece, aquece a prece do desejo.

Louco, sem pouco consume os ensejos

O pensamento livre do espírito e do coração.

A loucura sem cura liberta os homens das prisões

Das imagens que nos fazem aos outros

Do controle que tudo se vê tão pouco

E não deixa ver nada para seremos nós sem cortes.

De. Poeta das Almas - Fernando Febá

Fernando Henrique Santos Sanches

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 23/10/2015
Reeditado em 27/01/2016
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