Disfarce do desespero

Quando retorno a ti,

Simplesmente raro e terno,

Colo, ouço entrementes,

O zumbido em alto e

Bom som, do meu desespero...

É um barulho que eu

Conheço; começa com

Um resmungo e termina

Com um grito, no meio, há

Todas as lembranças, oh...

O desespero não se

Contenta em me dominar,

Domina também minha alma

E mostra que tu és

Nada mais do que disfarce...

Disfarce do desespero

Que vem como mera e

Tão somente desarmonia

E acaba com som de

Aflição, deturpação...

Deturpação do desejo

De ser e estar no mundo,

Desfiguração do todo

Na minha realidade que

Não foi, não é, nem será...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 30/10/2015
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