Confuso

Olho pro céu e não descrevo

Os delírios exagerados

Na parede os reescrevo

Francamente é escusado

Os sonhos que me atormentam

Eu os saboreio amargos

Que aos poucos me envenenam

Consumindo-me aos pedaços

Os demônios falsificam

A minha visão embaçada

Vagarosamente implicam

Minha alma atormentada

Com tudo a se realizar

Embaixo de lençóis antigos

Então só resta acordar

E voltar para meu abrigo