PSICODÉLICA TRISTEZA....

Para onde foram as palavras sensíveis,

O olhar quase de lágrimas,

A voz que sussurrava o meu nome,

Com receio de me machucar?

Furtou-me o tempo tudo isso,

Essa força invisível,

Ficou a lenda dos grifos,

Morto sem seu ouro,

Apenas o pingo no olhar.

Zerei meus sonhos,

Meu pomar sem macieiras,

Na estrada a poeira,

Chuva não chora?

Chave do meu coração,

Emperrada a enferrujar.

Quem olhar não me enxergará,

Escondido na minha caxangá,

Sem deixar migalhas na areia,

Formarei minha própria teia,

Uma oca dos destroços,

Daqueles sonhos mortos,

Da minha viúva negra.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 11/02/2017
Código do texto: T5908935
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