Sonhando...

Dos meus sonhos todos

Em enlevo vou

Nas suas asas multicor

Fazendo a alquimia

Que das teias da alma emerge

Sei sim... São sonhos meus

Pertencem a mim

Então vôo distante

Onde a alma alcança

Sem céu por limite

Sem tempo humano

Que me grite as horas

Deixo-me levar pelo som

Vou nas asas do tempo

Com vento ou sem vento

Vôo...

Do corpo escorre sangue

Da alma escorre a dor

Me enamoro da morte

Beijo-a de leve a face

Ela sorri pra mim

Você não vê

Mas ela sorri...

Ai que sedutora!

Se fora o meu amor

Acenando, travestido dela,

Eu iria tranqüila, branquinha e calma...

Sorriso nos lábios ela se vai

Desdenha-me os ais

Não me quer...

É misteriosa e parece vadia...

Até um pouco mulher...

Ainda lhe aceno um adeus

Volto pros meus sonhos

Sonhos bons, sonhos meus...

Cai uma noite de quase verão

Todos os ruídos do dia se foram

O meu coração em stand by

À Normandia vai...

Vai lento e moureja

Deseja ver um mar lusitano

Onde é alto verão e o sol arde

Beijo as encostas

E nas costas douradas

Deslizo a passear

Quase é dia

Na manhã... amanhã

Vou trazer-te comigo...

Pra sonhar também...

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 11/08/2007
Reeditado em 12/08/2007
Código do texto: T603148