FRACASSOS E CASTIGOS.

FRACASSOS E CASTIGOS.

O êmbolo dessa engrenagem é ferrugem e vem falhando

No areópago desse circo, os areopagitas domam palhaços

Quais bestas arremessando dardos em alvos hereditários

Em heranças herdadas duma educação que vem emburrando

Retroagimos a um progresso onde o antiético perdeu seus cabaços

E essa comunidade escura, faz jus aos seus ilustres ordinários.

E quando se admira um nada e esse nada se elege para tudo

Todo um tudo, que sempre foi indispensável, se torna um nada.

O ser humano não é só o problema, ele também é a única solução

Quiça novos índios de outros céus nos civilizarão o conteúdo

Crianças lutarão pela independência,... Por acaso outra sabinada!

Mas reveremos a bomba atômica, para melhorar a linha de produção.

Um lugar onde os bandidos e ladrões são chamados de vossa senhoria

E vossa excelência, tem ter o respeito dos bichos das latrinas

Pois eles não são povo, surdos que não ouvem o som do sofrimento

Rastejam pelo lodo de seu decoro e nos usam como mercadoria

Daninhos e sectários acham-se vitaminas, mas não passam de toxinas

Uma mistura de sangue peçonhento e Cérbero com capa de jumento.

O homem tem de sonhar alto e não temer grandes tombos

Calendarizar nossos dias sem destino com festas de feriados

É ter iridescência num mundo embalado pela cegueira

É aceitar essa tal carta de alforria para açoitar os nossos lombos;

Esses garranchos do nosso caderno de caligrafia são aprovados

E ano após ano nosso cérebro é equiparado à de uma toupeira.

Se você se julga, melhor e maior e,... Ter um conhecimento tamanho

Tem de ter uma humildade melhor e maior para o seu tamanho

Porque o ser humano ainda é noviço e leigo, a despeito do seu valor

Não é uno, hipócrita e aldrabão, ignora e trata o igual como um estranho

Insta em ser mesquinho, sem-vergonhismo de ser um corpo estranho

Moldou-se à devassidão, e como cúmplice da malandragem, torna-se doutor.

O santo e o maligno estão dentro de nós, eles têm o DNA do nosso ego

É como um mendigo que revira o lixo e acha uma lagosta e se sente rei

Não mais se sentará com os lixos para que se multipliquem os mendigos

E nessa diáspora de moral, a ambição selvagem de todo olho de rei, é cego.

A humanidade continua a ofertar medalhas para uma virtude fora-da-lei

Onde a relevância da vida terá nos seus progênitos,... Fracassos e castigos.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 06/08/2017
Código do texto: T6075437
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