LIBERDADE DE NÓS.
LIBERDADE DE NÓS.
Posto que o homem seja fundamentalmente decente
O que é um logro,... Há muitos degraus para subir tão baixo.
Travamos nossas guerras, com nós mesmos
Desrespeitamos nossos ancestrais para ser sobrevivente
Aprendemos a errar com muito orgulho dos teus esmos
E nessa pureza de poder e avocação, eu não me encaixo
Nessa humanidade que esquece os seus mortos e lembrando
Que um dia será, também, jogado no esquecimento, e que
A guerra é a única riqueza dos fracos, e a razão dos irrazoáveis.
A fome e a miséria são balas de metralhadoras que estamos valorando
Às infantis doenças têm armas medalhadas em vitrines de butique
Em corcovas de terra declaramos que são rendimentos não tributáveis
A esperança tem as lágrimas da frieza dos sentimentos
Até esse tempo, não inventaram o movimento da delicadeza
E por isso nosso cotidiano, nos iguala como excrementos.
Para quem a vida toda foi ensinada a ser bruto e sem
Jamais poderá imaginar que o mundo tem grande beleza
Que todo homem é fruto do tempo que lhe faz um ninguém.
Tente um dia apenas ser com, com amor e fraternidade
E encontrará olhar perplexos e desajeitados, estáticos como mobília
Tente um dia ser carinhoso e beijar a face de um rosto amigo
Despertará a hidrofobia da malícia que não teve o hábito da bondade
Ignoramos que como espécie somos membros da mesma família
E nutrimos o ódio por constatar de que somos o próprio perigo.
Os deuses se regozijam com os dois lados da guerra que rezam
Eu os perdôo porque são oportunistas e escravos das suas ganâncias
Por não terem semelhantes, por terem inveja da paz que menosprezam
Onde suprem suas frustrações, observando nossas ignorâncias
E sabedores que o homem é capaz de evoluir para ser seu único deus
Atravancam esse porvir com medo de, esse chão, um dia lhe dar adeus.
A inteligência não tem fronteiras, ela tem marcas indeléveis do seu gênio
Descobrirá que em outros meios haverá vida sem mortes e sem oxigênio
Que o universo já trava suas guerras por espaço e por sua expansão
Que o tempo é o segredo de tudo, mas que será despejado da sua mansão
Se o corpo for modificado e o cérebro não ter mais seu limite de noz
Ao homem eu peço liberdade! E às guerras,... Liberdade de nós!
CHICO DE ARRUDA.