O tempo do Poeta

Ninguém vence o invencível... O LOUCO.

O Tempo do Poeta

Não tenho tempo de sobra,

a toda hora ele passa;

É a vida que o cobra,

como pomba que esvoaça.

Quando o meu tempo findar,

deixo o beijo de ternura;

Poemas para cantar,

das rosas a formosura.

Não viverei na saudade,

porque o meu tempo parou.

Enfrentarei a verdade,

da vida que em mim passou.

Não fui grande nem pequeno,

não passei despercebido…

Como homem, fui sereno;

Simples poeta esquecido.

O meu tempo já vivi,

nem sempre o aproveitei;

Nos poemas que escrevi,

um grande amor desenhei.

Morre o homem… O poeta,

esse tudo de si deu…

Mulher a musa dilecta,

dos poemas que escreveu;

Poeta… simples profeta,

o homem nele morreu.

Sines – Portugal

09 de Agosto de 2007

POETANDO

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António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 18/08/2007
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