MINHA ILHA
Fuga do concreto
Refúgio sem asas
Minha ilha de carne.
Física, fumaça e água.
Minha ilha onde habito num instante
E como fumaça passa.
Onde moro num sorriso
Mergulhado em olhar profundo
E tenho medo de fitar.
Fito na água brincalhona
De um olhar pedinte
Tão sedento de mim.
E até dessa ilha esfumaçante fujo
No encontro com o vazio.
Na ilha de carne não posso morar
Na de fumaça não dar pra viver
E diante de tudo não tenho onde habitar