Festa dos loucos

Os loucos fazem festa

A vida num instante pode explodir

A existência inexistir

E o sonho se tornar real

As beatas se calam após um grito abafado

A morte como um nó que nenhum santo desata

Os passantes passam lentos

Arrastando se por entre vias curvas, segurando nos rabilhos dos macacos

Humanidade na desordem de um caos no mínimo necessário

Como consequências de atos imaturos e insortidos

Os ruídos diários tornam-se musica costumeira

O radio empoeirado num quarto fechado expressa um chiado, cantando canções de um passado

Um tanto esquecido

Porém vivo na memória de um corpo

É quando sinto, que poemo

É quando calo que ouço

É quando cerro meus olhos cansados que posso ver o outro lado

Tudo vira poeira nublando um céu azul. Tudo chove. Tudo é.

Num rocar de dedos nos olhos passo a enxergsr as imperfeicoes de se estar em terra

Mas logo dissipo-me dos julgamentos e posso me ver sã

E os loucos fazem festa

Lírio Gita
Enviado por Lírio Gita em 16/06/2018
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