Os ditos "malditos"

Oh poetas de franzida fronte

de anos de trabalho insano

Ora insolentes por natureza

ou carismáticos por excelência

no ardor da tirania que transgride

Ou amáveis anarquistas

aos arautos da rebeldia

na palavra dura que incita à ira

Silenciados e ignorados

à dor que desespera

Quebrantados d’alma

à doença insidiosa

Vidas avessas e atormentadas

Póstumos eleitos

de obras colossais

Monstros que flertam com a morte

Anjos revoltosos

Renegados, da obscura lápide

ao panteão dos heroicos bardos

Malditos para sempre!

Poema incluído no livro A passagem dos cometas, pág. 58, lançado em 2013.

Edir Araujo

Poeta e escritor independente. Autor dos livros: A passagem dos cometas, Risos e lágrimas, Boneca de pano, Fulana (inédito) e muitos poemas, microcontos, crônicas, artigos, etc. publicados na web "ad aethernum".

Edir Araujo
Enviado por Edir Araujo em 30/05/2019
Reeditado em 02/06/2019
Código do texto: T6660807
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