Amor

Rasga

a derme pálida e profana,

d'onde brota o sangue

como rosas imundas,

que belo jardim dilacerado!

Corta

a carne podre e humana

ouve o grito?

ouve a musica que jorra da artéria exposta,

qual sinfonia, qual orquestra

seria mais infernal e doentia?

e qual delas, afinal, seria a mais bela?

Máculas,

profundas máculas pestilentas,

infecta ferida no peito aberto e desnudo.

E sangra, crua

não procure a lâmina

é apenas amor.

Michelle Angel
Enviado por Michelle Angel em 03/10/2007
Código do texto: T678713
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