Confraria dos vagabundos

Já lateja na carne o fulgor da saudade

Em festejos febris em plena mocidade

Dancemos aos cantos de poetas marginais

‘Que o palor da noite abençoa os imorais

Vede à mesa o êxtase em garrafas

As performances doudas de ébrias moças

Sente o calor à pele de concubinas todas

“Que já outra manhã a noite encobrirá

O que é, não pois, a felicidade

Nada mais ou pouco menos em verdade

Do que o eflúvio divino da amiga serotonina

E seu esgotamento a redenção à calamidade?

Quando das janelas vierem luzes tímidas

E encontrares teu corpo revelando intimidades

Verás que como tantos sois vergonhas híbridas

E haverás bebido tua triste mocidade

Eu.. Que n’outras horas com folguedos saciava

Em noites febris de éter procurava

Saciedade das carências infinitas

Sou o borrão no papel de lágrimas doídas