O Duelo Supremo

Algumas vezes eu contemplo a sombra...

Observo-a calmamente... observo-a...

A sombra é um reflexo distorcido...

Manchado de escuridão... de absurdo...

Eu duelo com as sombras...

Arrastam seus tentáculos por minha mente...

Eu choro lágrimas de sangue nas sombras...

São as sombras na minha escrita doente...

Há momentos em que sinto luz...

E a luz é sublime e saborosa...

Arrisco um vento que já me conduz...

Para uma empreitada curiosa...

Eu assombro as minhas sombras...

No verso guerreiro, meu movimento...

Um duelo sutil, refinado; uma arte...

Uma mancha viciante no pensamento...

Eu e minha mente, cada qual com seu estandarte!