Máquinas

Entre clarões e trovões,

Planto sementes, raízes de fé

Que não brotam, apenas

Precisam laçar a existência,

Sem perder a passagem do mundo.

Veículos dominam

Linhas, estradas, trilhos,

Atropelam a esperança,

Desintegra a aliança,

Freiam, o indomado destino,

sem rédeas controla

O giro dos planetas,

O pântano da multidão,

Nos braços da civilização.

Maquinas demitem

O criador.

O mundo vira num segundo,

Recicla o jornal mal lido,

Desamassam bolos de

Ferro que abre caminho,

Quebrando casas,

Com um espaço vácuo

De inteligência.

dragões de ferro,

dinossauros de alumínio,

devoram, destroem

a atmosfera do homem,

caindo num buraco,

cavado por mãos humanas,

em que a criatura destroem o

futuro do criador, em que a

sombra rouba a alma do mestre.