Le Muse

De repente do silêncio

Fez-se a dúvida que me usa

Como num tormento fértil

A interrogação pergunta:

Que há no coração

Feliz e melancólico

De minha bela musa?

Essa questão que me apavora

Sem sentido aparente

Não é mais que o desejo

Dos lábios

Do seu beijo

Sou eu poeta descrente

É uma lógica simples

E cômoda por acaso

Não esta no sentido da vida

Ou nos dedos do abraço

Esta no gosto do perfume

Desse amor que nos une

Do seu beijo nos meus lábios

Não nasci pra ser poeta

Mas poeta eu serei

Pego-me a fazer versos

Que a ti eu cantarei

Como ode a sua beleza

(que agora irei despir)

Só agradeço à minha musa

Pelo fato de existir.

Fernanda Pessoas
Enviado por Fernanda Pessoas em 03/12/2007
Reeditado em 17/04/2015
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