Le Muse
De repente do silêncio
Fez-se a dúvida que me usa
Como num tormento fértil
A interrogação pergunta:
Que há no coração
Feliz e melancólico
De minha bela musa?
Essa questão que me apavora
Sem sentido aparente
Não é mais que o desejo
Dos lábios
Do seu beijo
Sou eu poeta descrente
É uma lógica simples
E cômoda por acaso
Não esta no sentido da vida
Ou nos dedos do abraço
Esta no gosto do perfume
Desse amor que nos une
Do seu beijo nos meus lábios
Não nasci pra ser poeta
Mas poeta eu serei
Pego-me a fazer versos
Que a ti eu cantarei
Como ode a sua beleza
(que agora irei despir)
Só agradeço à minha musa
Pelo fato de existir.