Febre De Amor
Diluo-me na embriaguez dos anjos;
Exprimo o choro universal.
A fé como fêmea, farpa?
Afundando a ferida...
Encontro num suspiro,
O primitivismo, que dá voz
a sede não saciada,
De silêncios e eternidades mortas.
Na lucidez das lágrimas
O olhar do poema
Dói de lirismo.
A luz dos sóis vacila
Semeando crepúsculos
Que sangrentos nascem
De minha carne rôta...
A flamejar de febre.