Danação levada

Levo imagens com mão de pedra

Quando solto a danação

Destrói o jardim das putas executivas

Monto jogos de xadrez com as artérias

Entupidas dos ricos

E canto vitória nos ouvidos dos crentes

Ah! Mas nada possui mais prazer acumulado

Que deleitar meu olhar com

A face absurdamente chocada

De quem lê tudo isto achando

O fim da intelectualidade

Assim organizada

Esquecendo a inutilidade dos gramáticos

Subordinados ou coordenados entre si

Para o emburrecer os Neoskinerianos

Filhos da posditadura

Esquecendo a putocracia imberbe

E decrépita dos engravatados babões

Do parlamento

Esquecendo os esquecidos por Deus

Que nasceram ontem

E os que morreram sem nascer

Vivendo o lixo dos dias

Creio que minha esperança

Será uma coroa de espinhos eletrificada

E uma camisa de força recém saída

De uma semana de moda qualquer

Por imagens empedrando

E andando sem rumo e cada passo uma nova caída